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quinta-feira, 24 de junho de 2010

O Dinheiro

Depois da pior experiência a nível profissional, há 2 anos, eu fiz uma escolha: não trabalhar mais para pagar dividas. Se não tivesse dinheiro não tinha, mas não me ia sujeitar de novo a situações de humilhação, de falta de respeito pela minha Essência, por dinheiro.
No entanto, aquela experiência foi uma das mais enriquecedoras ao nível espiritual, uma vez que me mostrou muito daquilo que eu já não queria ser, e já não conseguia lidar com.
A partir do momento em que fiz essa escolha, tudo começou a mudar. Umas coisas levaram às outras, e fui conseguindo dar passos para avançar com os projectos de Terapias e de Saúde e Beleza, com os produtos de Aloe Vera. Mas como ainda havia muito Karma para limpar ligado à rejeição, à falta de confiança, ao medo de entregar, tudo foi caminhando a passos muito lentos, uma vez que, dado ao meu Karma com as pessoas, atraia apenas o que precisava para o momento, e portanto o negócio em si nunca floresceu.
Por outro lado, acabei sempre por ir tendo o dinheiro que precisava para as despesas do dia-a-dia. O meu pai assumiu o compromisso de me dar o dinheiro para as prestações mensais, durante um ano, para que eu conseguisse nesse período orientar a vida para ter fonte de rendimento sustentada. Naquela altura, eu tive intenções de contrair um empréstimo de investimento para liquidar todas as dividas, mas precisaria de fiadores e de uma garantia - os meus pais e a nossa casa, respectivamente. A parte da casa o meu pai não aceitou e por isso fez a escolha de disponibilizar o dinheiro para as prestação que tinha, na altura. Acredito que para mim, teria sido mais fácil contrair o empréstimo, pois liquidava as dividas e ainda ficava com fundo de maneio para investir no projecto de Terapias: publicidade, divulgação, produtos, etc. Mas assim não foi, e outras coisas aconteceram. Na altura nem questionei o meu pai sobre esta questão do investimento. Aceitei automaticamente a contra-proposta dele. Comecei a perceber isto mais tarde.
Como sempre na minha vida, acho que fui pelo caminho mais difícil, mas sem duvida, olhando para trás, o mais gratificante e empreendedor. Como Jesus diz, escolher errado é só escolher o caminho mais longo para chegar ao mesmo sitio, mas também o mais trabalhoso emocional e espiritualmente. Portanto, nada foi ao acaso. Nunca é!

E foi ao ler o novo livro, Voo Sensitivo, da Alexandra Solnado, que, numa das meditações mais profundas que fiz, Jesus me disse: "Tu fizeste uma escolha: não trabalhar para pagar dividas. Logo, trabalhas mas sem receberes remuneração." e ai eu percebi: Eu tenho de trabalhar para pagar as dividas, (afinal fui eu que as contrai), mas naquilo que me realiza, que me faz feliz. E é nesse sentido que tenho de direccionar as minhas forças e a minha vontade. Eu já tinha percebido, que o tempo que eu estava a trabalhar para outros sem receber, era o tempo que poderia estar a trabalhar para mim, sem receber na mesma. A escrever, a estudar, a preparar projectos. Mas ainda não tinha chegado o momento de dar o passo. Se calhar a falta de coragem, se calhar porque tinha de ser mesmo assim. Comecei então, mais uma vez a analisar, os recursos que tinha, os meios para os pôr em pratica a minha capacidade criativa, a informação de que disponho, as experiências que quero partilhar, e de facto, percebi que os ingredientes estão todos la, só falta mistura-los da forma correcta e pôr o bolo no forno a cozer. Resumindo, o que me faltava era pôr em pratica a Vontade e Confiança para quebrar o padrão do medo de avançar.
Um evento onde apliquei Reflexologia, foi a alavanca para a Confiança. Uma formação de Comunicação Interpessoal e Marketing e outra de Motivação e Sucesso Pessoal, foram a alavanca para a Vontade de arriscar e avançar. Um dos meus problemas anteriores era o querer avançar sem estrutura. Neste momento, estou a avançar e a arriscar na estrutura primeiro. Reunir recursos, aplicar conhecimentos e voila, acredito que irei chegar onde o Céu quer que eu chegue.
Como dizia Agostinho da Silva: não faças planos para a vida para não estragares os planos que a vida tem para ti. E hoje, só quero mesmo o que a vida tiver para mim.
Uma coisa eu sei, tudo o que vivi nestes dois anos fizeram-me crescer imenso, e isso, é a maior riqueza que poderia alguma vez ganhar.

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