Faz hoje 2 anos que o meu cão desapareceu. O meu Donky Dog, meu irmão, amigo, companheiro.
Sinto-me triste. Memórias de o ter abandonado me assolaram há pouco e tive uma crise de choro. Já sabia que hoje seria ser um dia de luto para mim.
Dia 13 de Julho de 2008, às 19h45. Abri-lhe a porta para ele dar a volta dele e ele não voltou.
Na altura escrevi um texto onde expliquei que ele foi morrer longe de casa. Uma vez alguém me disse que no meio de tudo houve uma coisa boa: o facto de não ter assistido à morte dele. Por um lado é verdade, pois naquela altura eu questionava-me imenso sobre o que fazer se ele morresse naquela semana em que eu estava sozinha. O que faria eu? Por outro lado aquele incerteza de "será que ele morreu mesmo?" fica sempre...
Neste momento choro porque lembrar o Donky é lembrar 13 anos da minha vida. 13 anos de alegrias e tristezas, de aventuras e desventuras. Lembro-me de quando o fui buscar com quase dois meses, lembro-me da primeira foto, da primeira tosquia, do primeiro ataque de pulgas, dos banhos, das birras por não gostar dos banhos... um panóplia de situações e emoções que ficarão na minha memória com muito amor e carinho. Ainda dói muito lembrar que podia ter ido com ele dar a volta por ele estar doente, que podia ter deixado a sopa para depois... mas de manhã ele tinha ido e tinha voltado e estava tudo bem... acho que ainda não me perdoei totalmente a mim própria pelo seu desaparecimento.
Por outro lado, neste momento da minha vida, todo este recordar está a ser conduzido pela sensação de desleixo, de abandono com as minhas coisas, com a minha vida. Estou numa fase limiar, de mudança, de quebrar padrões, de escolhas e definição de um caminho a seguir e não está a ser fácil gerir todos os medos e angustias que dai advêm.
Mas como sempre, com a graça de Deus e o Amor de Jesus sei que vou conseguir passar mas esta etapa, mais este desafio emocional para subir mais um degrau da escada da minha evolução espiritual.
Obrigada Jesus pelo teu amor, pela tua Luz.
:)
